Projeção de crescimento do delivery em 2021

O ano de 2020 foi divisor de águas para empresas que ainda não haviam aderido ao delivery. Com ou sem planejamento, negócios dos mais diversos segmentos se viram sem outra opção a não ser passar a entregar seus produtos em domicílio.

Levantamento da Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, apontou que os pedidos de entregas de alimentos em domicílio tiveram um aumento de 27% no segundo trimestre de 2020, de segunda a sexta-feira, em relação ao primeiro trimestre. Já no terceiro, a alta foi de mais 15% em relação ao período anterior.

Houve um crescimento acelerado em volume de pedidos no mês de maio de 2020, com queda suave entre os meses de setembro e novembro — a qual, acreditamos, está intimamente ligada à volta total do funcionamento de bares e restaurantes. Com a segunda onda da pandemia, houve um novo crescimento em março de 2021

Aponta o Diretor Executivo do marketplace pede.ai, João Neves.

Um comportamento corroborado por outro estudo, desta vez do Instituto Locomotiva e encomendado pela VR Benefícios. A pesquisa apontou que a proporção de restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados brasileiros que faziam delivery passou de 49% antes da pandemia, para 81% depois das medidas restritivas.

Ainda de acordo com a Kantar, o serviço de entrega tem mais de 80% de penetração nas zonas urbanas entre os consumidores de até 50 anos e demonstra ainda mais oportunidade de crescimento.

O país, inclusive, foi destaque no segmento de delivery na América Latina em 2020 — de acordo com dados do Statista. Sozinho, o país foi responsável por quase metade do mercado, chegando a 48,77%. E a projeção para 2021 é bastante promissora: estudos apontam uma movimentação de aproximadamente US$ 6,3 trilhões de dólares em todo o mundo até o final do ano.

Delivery de tudo e a força da Geração Z

Todo esse crescimento não se resume a gêneros alimentícios. Em 2020, a adesão a essa modalidade de prestação de serviço também foi alta entre estabelecimentos como farmácias, empresas de gás, lojas do segmento de moda, beleza e até mesmo pet shops.

Além do lockdown, que perdurou por meses ao longo do ano passado e foi retomado em 2021, há o gatilho da urgência ditando essa nova demanda de consumo.

Garantir as bebidas em cima da hora para uma videoconferência com amigos, conseguir remédios em uma emergência e até contratar um profissional para reparos no lar. Todos esses serviços passaram a compor os marketplaces com “delivery de tudo”, uma tendência em crescimento em todo o país.

Os millennials e principalmente os integrantes mais velhos da Geração Z, a qual representa toda a população nascida entre 1996 e 2010, têm acelerado ainda mais a mudança nos hábitos de consumo. Nativos digitais, conscientes e com fortes posicionamentos socioeconômicos, vêm demandando uma adaptação na oferta de produtos e serviços.


Para eles, se uma empresa não está na internet, ela não existe. Essa nova geração é, ainda, altamente favorável aos serviços de entrega e não sentem a necessidade de tocar um produto antes de adquiri-lo.

Surfar a onda do delivery requer adaptação e qualificação

O delivery vai, sim, continuar forte em 2021 — e por muitos anos. Porém para se preparar para esse novo “normal”, é necessário apurar os processos para oferecer um serviço de maior qualidade.

Antes de garantir novos consumidores, é necessário gerenciar clientes já conquistados, acompanhar o ticket médio de cada um e seu histórico de compras.

Para negócios da gastronomia, ajustes no tempo de entrega são essenciais, bem como manter a qualidade do alimento. Se a empresa já serve refeições em um bar ou restaurante, é preciso manter o padrão e assegurar que as características do prato não irão se perder durante o transporte.

O atendimento online deve ser rápido e cordial, realizado sem erros ortográficos ou gramaticais. As críticas devem ser bem-vindas e utilizadas para reavaliar pontos da operação.

Empresas sem qualquer cultura de delivery podem iniciar a operação aderindo a marketplaces. Com uma larga base de usuários, essas plataformas representam maior visibilidade, abrangência e lucro na prestação de serviços de alimentação.

Alguns marketplaces, como o pede.ai, também fazem robustos investimentos em redes sociais e motores de busca, como Google. Além de conteúdos especiais, são criadas estratégias de tráfego pago — que direcionam novos clientes e fidelizam os atuais.

Além disso, criar uma conta para o estabelecimento é fácil, rápido e intuitivo. Até pessoas com pouco ou nenhum costume com interfaces digitais navegam sem problemas pela interface digital.
Com foco em municípios com até 150 mil habitantes, o pede.ai já está entre os 10 apps mais baixados em todo o Brasil. Hoje está presente em mais de 170 municípios e pretende chegar a mais 50 cidades ainda em 2021.

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