Fusão entre startups e os avanços tecnológicos

Os negócios estão sempre evoluindo, e as mudanças fazem parte do dia a dia, principalmente atualmente, onde tudo muda a todo tempo graças ao avanço das tecnologias. Nesse cenário, muitas companhias semelhantes enxergam que juntos conseguem ser mais fortes, e encontram na fusão de empresas boas possibilidades para o futuro. 


Para entendermos um pouco desse processo, podemos analisar que uma fusão significa a união ou mistura de dois ou mais elementos distintos. No âmbito dos negócios, esse método é reconhecido quando duas ou mais empresas se unem para formar uma nova, com ação combinada judicialmente.
Essa iniciativa pode ocorrer por diversos motivos, e eles incluem expansão, união de forças, dentre outras expectativas que consideram grandes ganhos e avanços para ambas as partes.


Pensando nisso, e buscando potencializar as vendas dos empreendedores parceiros dentro da plataforma do aplicativo, bem como de alcançar novos lugares, o pede.ai se uniu ao Aiboo e anunciaram uma fusão das operações, que teve início no segundo semestre deste ano.

pede.ai e Aiboo


A fim de levar tecnologia através do delivery para mais cidades do interior do Brasil e de todos os estados do País até o fim de 2022, o pede.ai se uniu ao Aiboo, startup do mesmo segmento com sede no Espírito Santo, em uma fusão que, juntos, já somam mais de 1 milhão e meio de usuários e 16 mil lojas cadastradas.


Um dos pontos principais dessa união é que os empreendedores parceiros ganharam a possibilidade de desfrutar de novos recursos tecnológicos que já vêm sendo desenvolvidos pelas empresas em conjunto.
Para João Neves, Diretor Executivo do pede.ai, as duas empresas atuavam com valores e objetivos parecidos, em locais diferentes. Por isso, a fusão permite um ganho de escala nas operações e o desenvolvimento de novos projetos.


O CEO do Aiboo, Daniel Poltronieri, acredita que para os usuários do aplicativo, além das novidades que vem em virtude do compartilhamento de tecnologias, “vamos intensificar outras verticais de operação, trazendo ainda mais opções de produtos e serviços dentro do aplicativo, assim como ações promocionais e um ganho de eficiência nas operações com a união dos times e parceiros estratégicos que ambos
possuem. Em um segundo momento, devemos unificar as marcas, o que, não deve impactar a usabilidade do aplicativo para nossos usuários, mas será de grande importância para que possamos unificar a presença no mercado”.

Brasil bate recorde em fusões, com destaque ao setor tecnológico


No Brasil não é muito difícil encontrar grandes empresas que aderiram a fusão, e nela abriram um leque de possibilidades de negócios e sucesso. No setor de tecnologia, fusões e aquisições representam 45,72% de todas as operações do tipo no país.

Segundo um levantamento feito pela consultoria Bain & Company, essas operações começaram o ano de 2022 em alta no Brasil, dando continuidade à tendência registrada em 2021. De janeiro a junho deste ano, a PWC Brasil apontou que foram registradas 807 transações dessa natureza, o que configurou um novo recorde. O destaque desse levantamento foi para o setor em questão, que registrou 360 fusões e segue liderando esse mercado há 10 anos.


Uma das empresas que se destacaram dentre esses números foi a Unico, startup brasileira de identidade digital (IDtech) que acredita na transformação social através da tecnologia. Em março deste ano, a Unico recebeu um aporte de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 498 milhões) em uma rodada de investimentos liderada pelo Goldman Sachs. Com isso, a startup passou a valer US$2,6 bilhões, o que a coloca entre as maiores empresas de SaaS da América Latina.


A partir desse investimento, o Goldman Sachs passou a fazer parte do conselho da Unico como investidor e parceiro estratégico. De acordo com o Terra, três grandes uniões colocaram empresas brasileiras entre as maiores do mundo, sendo elas: a Sadia e Perdigão, que se uniram para criar a maior exportadora global de frango; a Votorantim Celulose e Papel (VCP), que assumiu o controle da Aracruz e formou a maior produtora mundial de celulose; e o grupo JBS, que se tornou líder do setor de carnes no mundo com a aquisição da americana Pilgrim’s Pride e da rival brasileira Bertin.